Pelo menos 30 refugiados venezuelanos, a maioria vivendo de mendicância ou de subempregos nas ruas de Rio Branco, no Acre, viveram, neste sábado (8), um dia de respeito e dignidade: eles tiveram cabelo e barbas aparados a custo zero pela barbearia “Donn”, localizada na Rua Rio de Janeiro, Bairro Dom Giocondo, uma das mais tradicionais da cidade.
Se fossem pagar, cada corte sairia entre R$ 60 a R$ 80,00, o valor cobrado por uma das mais luxuosas barbearias da Capital, uma das pioneiras em estabelecimentos que oferecem outros serviços – venda de cervejas, inclusive importadas, roupas, perfumes, sanduíches, salões de jogos e outras novidades – além do corte de cabelos.
Com o atendimento aos venezuelanos, a “Donn”, fundada em 2016, chega a números próximos de dois mil atendimentos a custo zero para pessoas carentes, revelou o empresário Rodrigo Pires, um dos sócios da Barbearia e também um dos autores da iniciativa.
“O atendimento gratuito é parte de uma estratégia de assistência social que prestamos a quem precisa. Em relação aos venezuelanos, buscamos também a autoestima dessas pessoas porque entre eles há profissionais de várias áreas em busca de emprego e a falta de tratamento capilar pode até diminuir a autoestima deles na hora de ir em busca de trabalho”, disse o empresário ao revelar que os atendimentos anteriores foram à pessoas em situação de rua e outras não menos carentes, incluindo crianças.
Os venezuelanos foram atendimentos nos locais onde estão hospedados. O atendimento gratuito ocorre uma vez por mês.
O próximo atendimento gratuito será no “Lar dos Vicentinos”, casa em Rio Branco, na Avenida Nações Unidas, que abriga idosos ou deficientes físicos com idade avançada que não têm quem os cuide.
“Vamos lá para dentro, com toda a nossa estrutura e todos os nossos profissionais para mais esta boa ação”, disse Pires. “Penso que as empresas, de qualquer natureza, também têm que prestar assistência social a quem precisa”, acrescentou.
Fonte: https://contilnetnoticias.com.br/2020/02/barbearia-faz-cabelo-e-barba-de-refugiados-venezuelanos-de-graca-em-rio-branco/